quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Auto-conhecimento


Maxine de Santis, Alixie Mites, Myrillia Rewott e Gdreic-Kim Mites
Um povo só é forte quando pelo menos a maioria dos seus integrantes, senão todos, são direcionados, pelos seus guias, à uma busca incessante pelo auto-conhecimento, o que infere a uma superação da maior parte de seus medos, sejam estes medos coletivos, como um povo, ou individuais. Os finais dos anos 80, e inicio dos anos 90, trouxe, à nós Suy Maer-Ess, o contacto com um medo irracional, desconhecido, um tabu para a maioria dos povos, a homossexualidade de homens e mulheres adultos, infelizmente, esse contacto só foi possivel pela existência de uma nova realidade planetária, uma realidade brutal, muitíssimo brutal: - Sindrome de Imunodeficiência Adquirida, ou, simplesmente, AIDS.

Nesta época, iniciou-se para nós uma longa jornada de dor e sofrimento que levaria tanto nossos “filhos”, naturais e/ou adotivos, quanto nossos inúmeros “afilhados”, seus parentes, seus amigos, para a Suy Maer-Ess Community foi uma época de grandes decisões que colocariam vários de nossos filhos-naturais em contacto tanto com o desconhecido “dentro de si mesmo”, quanto o desconhecido fora de nossa própria Comunidade, e assim, começamos uma caminhada que nos levaria principalmente aos inúmeros homossexuais norte-americanos e europeus, no entanto, caberia justamente à AMMA-Brasilia um mergulho muito mais profundo, com seus 05 (cinco) componentes principais sendo convocados para olharem-se através de inúmeros espelhos, que mostrariam tanto à eles quanto à nós, seus mentores espirituais, definitivamente, quem eram e o que poderíamos esperar deles como “escolhidos” por nós para interagir, como líderes Suy Maer-Ess, espiritual e fisicamente com pessoas do Planeta inteiro no quesito sexualidade, toda essa interação deveria respeitar tanto suas próprias limitações naquele momento, quanto o seus próprios “ritmos” de auto-desenvolvimento.

Minha irmã, Alixie, foi um desses vários Suy Maer-Ess selecionados, o “motivo principal" dessa escolha está relacionado tanto ao seu posicionamento na escala hierárquica Suy Maer-Ess (de ambas as Comunidades), quanto por, naturalmente, portar um corpo fisico "andrógino-feminino" - sendo a nossa androgenia comportamental levada muito à sério -, quanto por se ela a idealizadora e, por lógica Suy Maer-Ess, a coordenadora de tudo o que se relacionasse com o Projeto Centro de Vivências “Espiritual”, carinhosamente por nós denominado, simplesmente, Cevies, uma vez que não seguimos líderes deficientes, por estarem mal-preparados.

No caso dela, sempre foi minha intenção como irmão mais velho e amigo levá-la o mais longe possivel e, por conseqüência, levar à mim mesmo aos meus próprios lugares “femininos” desconhecidos, para que ambos pudéssemos ampliar nossas próprias valorações práticas do que é “ser humano”, experenciando, ao máximo, “nossa própria espiritualidade”. (Gdreic-Kim Mites)

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